Por Que Perdemos Nosso Poder? Uma reflexão sobre a influência patriarcal.
- Rafaela Lima
- 15 de ago. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de abr.
Olá, querida leitora!
Você já parou para pensar que, em algum momento da história, éramos as grandes protagonistas?

Há tempos venho percebendo o quanto nossa conexão com o poder feminino foi sendo esmaecida ao longo dos séculos. A sociedade patriarcal, com a ajuda da religião, nos colocou em papéis secundários, e o mais assustador é que, ao longo do tempo, fomos ensinadas a aceitar isso como normal. Mas, espera aí... Vamos dar uma pausa.
Quando foi que aceitamos essa rivalidade entre nós? A competição que vemos muitas vezes entre mulheres não é natural; ela foi plantada para nos manter divididas e, assim, mais fáceis de controlar. Cada vez que uma de nós se sente ameaçada por outra, estamos, sem perceber, fortalecendo essa estrutura que quer nos ver separadas e enfraquecidas.
Vamos voltar um pouquinho essa história...
Há milênios, as mulheres eram veneradas como divindades. Nossas antecessoras não eram apenas iguais aos homens; muitas vezes, eram vistas como superiores em poder espiritual e conexão com a natureza. Mas como passamos de Deusas a seres subjugados em uma sociedade patriarcal? Essa é uma questão que ressoa profundamente nas páginas de "Quando Deus Era Mulher", e que merece ser explorada com atenção.

A história nos mostra que as primeiras sociedades eram centradas na figura feminina, que representava a fertilidade, a sabedoria e o poder criador. Entretanto, com a ascensão das sociedades patriarcais, essa visão foi gradualmente subvertida. A transição de uma cultura onde Deus era uma mulher para uma onde Deus é um homem não foi apenas uma mudança de crença, mas uma estratégia deliberada para reestruturar o poder social e político.
Com a disseminação de religiões patriarcais, as figuras femininas começaram a ser demonizadas. De Deusas, passamos a ser vistas como pecadoras, tentadoras e até mesmo culpadas por todas as desgraças da humanidade.

Essa narrativa foi instrumental na manutenção do poder masculino, relegando as mulheres a posições de submissão e obediência.
Essa mudança cultural não só nos tirou do pedestal divino, mas também nos desconectou de nossa própria essência. Ao longo dos séculos, as mulheres foram ensinadas a se verem como menos importantes, menos capazes e até mesmo como inimigas umas das outras. A rivalidade feminina, tão promovida na cultura popular, é uma herança dessa doutrinação. Ao invés de nos unirmos, fomos incentivadas a competir por aprovação masculina, por espaços limitados e por uma aceitação que, na verdade, nunca veio.
Mas o que isso significa para nós, mulheres do século XXI?
Essa perda de poder ancestral não é apenas uma questão histórica; ela molda as nossas vidas diárias. A insegurança que sentimos, o medo de não sermos suficientes, a necessidade de agradar — tudo isso é um reflexo dessa desconexão.
Além disso, essa estrutura patriarcal ainda dita muitas das regras que seguimos sem questionar. Por exemplo, a pressão para sermos perfeitas em todas as áreas de nossas vidas — no trabalho, na família, na aparência — não é um acaso, mas um resquício da necessidade de provarmos nosso valor em um mundo que historicamente nos diminuiu. Essa pressão constante mina nossa saúde mental, nos afasta de quem realmente somos e nos mantém presas em um ciclo de autojulgamento e comparação.
No entanto, há esperança. Estamos em um momento de despertar coletivo, onde mais e mais mulheres estão se reconectando com esse "poder perdido". Estamos redescobrindo nossas histórias, nossas raízes e, mais importante, nosso valor inato.
Ao entendermos como e por que perdemos nosso poder, podemos começar a recuperá-lo.
O que "Quando Deus Era Mulher" me fez refletir é que nosso poder não foi perdido, ele foi apenas ofuscado. E adivinhem? Está nas nossas mãos, em pleno século XXI, reacender essa chama.
Não somos concorrentes, somos aliadas. Cada mulher que brilha ilumina o caminho para todas as outras. E se olharmos para trás, veremos que, em tempos antigos, éramos honradas, respeitadas e vistas como detentoras de um poder imenso. Esse poder continua em nós, esperando para ser redescoberto.
Agora, um desafio: que tal começarmos a olhar umas para as outras como irmãs, não como rivais? Que tal resgatar essa força ancestral, esse poder que sempre foi nosso, e usá-lo para criar um futuro onde todas brilhem?
O convite aqui é para que cada uma de nós se permita essa reconexão. Que possamos olhar para dentro e encontrar aquela chama que nunca se apagou, apenas foi encoberta.
A verdadeira revolução começa quando tomamos de volta aquilo que sempre foi nosso: o poder de sermos quem realmente somos, em toda a nossa grandiosidade.
Até a próxima!
Com carinho,
Rafa Lima
Perfeito! ✨💖✨
Que ótima reflexão, Rafa!
Amei, texto tão necessário 💖
Que texto incrível e necessário. Eu amei ❤️🌺